ESG: o que significa essa sigla tão falada nos últimos tempos?
A partir de hoje o São Marcos Online conta com uma nova colunista! Paula De Marco é Engenheira Química, Pós Graduada em Meio Ambiente e Sustentabilidade.

A partir de hoje o São Marcos Online conta com uma nova colunista! Paula De Marco é Engenheira Química, Pós Graduada em Meio Ambiente e Sustentabilidade. Confira o primeiro texto sobre Environmental, Social and Governance (ESG)
O conceito de ESG, (Ambiental, Social e Governança, quando traduzido para o português) surgiu no ano de 2004 em uma publicação chamada “Who Cares Wins” (Ganha quem se importa, em tradução livre), quando donos de grandes instituições financeiras foram questionados em como integrar fatores ESG ao mercado de capitais. Embora tenha raízes que remontam décadas atrás, o interesse renovado pelo ESG cresceu significativamente nos últimos anos, principalmente pós covid-19, impulsionado por um cuidado especial ao social, isto é, pessoas.
Nesse momento, muitas empresas precisaram remodelar seus modelos de negócios, porque a matéria prima estava escassa, o trabalho remoto ganhou adesão, a governança precisou segurar as pontas, ou seja, questões além do lucro financeiros começaram a ser explanadas. Foi nesse contexto que o ESG ganhou mais destaque, porque era a sigla que abordava e, ainda aborda, o impacto (positivo e negativo) de uma empresa em relação a sociedade a qual está inserida.
Hoje, empresas de todos os setores estão reconhecendo a importância de integrar práticas ESG em suas operações e estratégias de negócios. Isso se deve em parte à crescente conscientização do público (principalmente os consumidores) sobre questões ambientais e sociais, bem como à percepção de que as empresas com sólidos princípios de ESG tendem a ter melhor desempenho no longo prazo e a enfrentar menos riscos.
Entre tantas definições da sigla mais cobiçada do momento e debates sobre ser apenas uma moda e que logo vai passar, é importante ressaltar que ESG não é apenas uma aba no site da empresa. ESG é um processo, que pode ou não, alterar a cultura organizacional, a forma como lida com as partes interessadas, sejam elas fornecedores, colaboradores, consumidores. Quando se fala em processo, entende-se que o resultado virá a longo prazo, ou seja, é um legado que a empresa deixará para as próximas gerações.
O ESG não é restrito para um segmento só; ele é para todos, inclusive por trabalhar diversos critérios dentro de cada pilar, cada empresa aborda a sigla de acordo com a realidade da empresa. E aqui há outro ponto para frisar: a sigla só tem essa ordem porque, segundo o ‘dono’ dela, ficava mais harmônica, soando melhor. Isso quer dizer que, dependendo do negócio, o ‘G’ vai ser abordado antes do que o ‘E’ e isso não desqualifica o trabalho. Inclusive, sem uma boa governança, como os demais pilares serão sustentados?
O ESG, portanto, representa o desempenho de uma empresa em relação aos critérios ambiental, social e de governança. Acredita-se que seja uma abordagem mais holística, que reconhece que o sucesso empresarial não pode ser medido apenas em termos de lucro financeiro, mas também em termos de seu impacto no meio ambiente, nas pessoas e na gestão.

Paula De Marco é Engenheira Química, Pós Graduada em Meio Ambiente e Sustentabilidade.
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