Uma moradora do bairro Miquelon vive um momento de grande preocupação com a saúde e faz um apelo por ajuda financeira para conseguir iniciar a vacinação contra o HPV. Aos 32 anos, desempregada e mãe de três crianças, ela relata dificuldades para acessar o imunizante pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e afirma que precisará comprar as doses na rede privada.

Segundo Sabrina Silva da Fonseca, ela foi diagnosticada recentemente com uma lesão de alto grau no colo do útero e aguarda o resultado de uma biópsia, que deve sair em cerca de 45 dias. O exame irá indicar a extensão da lesão. Enquanto isso, o médico responsável pelo tratamento recomendou que ela inicie a vacinação contra o HPV, como forma de reduzir riscos de novas infecções pelo vírus, que está diretamente relacionado a diversos tipos de câncer, especialmente o câncer de colo do útero.

Ela afirma que tentou por três vezes obter a vacina pelo SUS, mas não conseguiu a liberação. “Quando eu era criança, essa vacina não existia. Hoje ela é oferecida, mas apenas para crianças e adolescentes. No meu caso, disseram que não podem liberar”, relata.

Atualmente, o SUS oferece gratuitamente a vacina contra o HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Além disso, até dezembro de 2025, a vacina também está disponível para adolescentes de 15 a 19 anos que não se vacinaram anteriormente, ampliando o acesso a esse imunizante crucial. Em situações específicas, como pessoas vivendo com HIV, transplantados ou pacientes oncológicos, a vacina pode ser disponibilizada até os 45 anos, mediante critérios clínicos. Para a população adulta fora desses grupos, o imunizante geralmente só está disponível na rede privada.

De acordo com a mulher, cada dose custa cerca de R$ 900, e o esquema vacinal indicado inclui três doses, aplicadas em um intervalo de até seis meses. Sem emprego fixo e com renda limitada, proveniente apenas da pensão do filho mais novo, de um ano e quatro meses, ela diz não ter condições financeiras para arcar com o custo.

A família enfrenta dificuldades básicas. Ela mora provisoriamente na casa da mãe, que trabalha com reciclagem, e relata que, em alguns períodos, precisa buscar doações de alimentos para sustentar os filhos: uma menina de 10 anos, um menino de 11 e o bebê. “Eu preciso estar bem para cuidar deles. Minha avó morreu de câncer de útero, então eu tenho muito medo. Não é só por mim, é por eles”, desabafa.

A vacina contra o HPV não trata lesões já existentes, mas pode ajudar a prevenir infecções por outros tipos do vírus, reduzindo riscos futuros. Por isso, médicos costumam indicá-la como uma medida complementar de proteção.

Diante da urgência para iniciar a primeira dose, a moradora faz um apelo por solidariedade. Qualquer contribuição pode ajudar a viabilizar o início do tratamento preventivo enquanto ela aguarda os próximos resultados médicos. As doações pode ser feitas via pix através da chave silvadafonsecasabrina545@gmail.com.