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Secretaria da Saúde estimula vacinação para combater a coqueluche no Estado

Crianças, gestantes, profissionais e trabalhadores de saúde podem receber o imunizante O número de casos de coqueluche está aumentando tanto no mundo quanto em alguns estados brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Atualizado em 16/07/2024 às 17:07, por Equipe SMO.

Secretaria da Saúde estimula vacinação para combater a coqueluche no Estado

Crianças, gestantes, profissionais e trabalhadores de saúde podem receber o imunizante

O número de casos de coqueluche está aumentando tanto no mundo quanto em alguns estados brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Embora o Rio Grande do Sul não tenha registrado um aumento expressivo de casos, a Secretaria da Saúde (SES) intensificou as orientações de cuidado e prevenção à doença, incentivando especialmente a vacinação.

Em maio deste ano, a União Europeia divulgou um Boletim Epidemiológico que relatou um aumento da doença em pelo menos 17 países. Mais de 32 mil casos foram registrados nos primeiros três meses de 2024, em comparação com 25 mil ao longo de todo o ano passado.

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No Brasil, alguns estados mostram um aumento significativo dos casos. No Rio de Janeiro, os casos aumentaram mais de 300% até julho deste ano em comparação com todo o ano de 2023. Na cidade de São Paulo, foram registrados 165 casos em 2024, bem mais do que os 14 ocorridos no mesmo período do ano passado.

Até 6 de julho, o Rio Grande do Sul confirmou 14 casos de coqueluche, com oito ainda em investigação. No mesmo período em 2023, o estado confirmou 11 casos da doença.

Coqueluche

A coqueluche é uma infecção respiratória transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela se caracteriza por crises de tosse seca e afeta também a traqueia e os brônquios.

A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto de uma pessoa doente com outra não vacinada, através de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas geralmente começam a aparecer entre cinco e dez dias após a infecção, mas podem variar de quatro a 21 dias e, em casos raros, chegar até 42 dias.

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O tratamento da coqueluche envolve o uso de antibióticos prescritos por um médico especialista, conforme o caso. É fundamental procurar uma unidade de saúde assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas para obter o diagnóstico e tratamento adequados. Em crianças, os sintomas são mais severos e podem ser fatais, por isso, elas frequentemente precisam de internação após o diagnóstico.

Sintomas

Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis e dez semanas, podendo se estender por mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. São eles:

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  • Crises de tosse e guincho inspiratório
  • Mal-estar geral
  • Corrimento nasal (coriza)
  • Tosse seca
  • Febre baixa
  • Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
  • Tosse pode ser tão intensa a ponto de comprometer a respiração
  • Crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo

Vacina contra a Coqueluche

A vacina é a principal medida de prevenção contra a coqueluche. O calendário vacinal de rotina das crianças prevê a aplicação de três doses da vacina pentavalente aos dois, quatro e seis meses de idade. Além disso, contempla dois reforços: um aos 15 meses e outro aos quatro anos, com a tríplice bacteriana, que pode ser aplicada até os sete anos.

Além do calendário vacinal infantil, a vacina contra a coqueluche é indicada para gestantes. As gestantes devem receber a tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa) a cada gestação, a partir da vigésima semana até, preferencialmente, 20 dias antes da data provável do parto.

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O Programa Nacional de Imunizações (PNI) também recomenda a dTpa para profissionais de saúde e estagiários da área que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal. As parteiras tradicionais também devem receber a vacina, considerando o histórico vacinal de difteria e tétano.

Devido ao aumento no número de casos neste ano, o PNI ampliou, em maio, a indicação da vacina dTpa para trabalhadores da saúde. Essa ampliação inclui profissionais que atuam em serviços públicos e privados, ambulatoriais e hospitalares, especificamente nas áreas de ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto imediato, incluindo casas de parto, UTI e unidades de cuidados intensivos neonatal, UCI canguru, berçários e pediatria. A ampliação também abrange doulas e trabalhadores que atuam em berçários e escolas infantis, atendendo crianças até quatro anos de idade.