Nos fins de semana que fecharam os Festejos Farroupilha 2025, a comunidade viveu dias de tradição plena: laço, gineteadas, Missa Crioula, cavalgada, homenagens e demonstrações de devoção cultural em cada gesto. Na cancha de laço Ricieri Bertlazzi, no Parque Municipal de Eventos, sábado e domingo abrigaram as disputas finais que consolidaram nomes, emocionaram o público e reforçaram o orgulho do tradicionalismo local.

Momentos que marcaram o encerramento

Cavalgada: na sexta-feira à noite, cerca de 100 cavalarianos e cavalarianas percorreram o trajeto da Capela de São Luís até o Parque Municipal — um ato de fé pública, de companheirismo, mostrando que a tradição vive nos que cavalgam com vontade.

Missa Crioula: no sábado de manhã, momento de fé que reuniu não apenas tradicionalistas, mas agricultores e produtores familiares, em uma homenagem conjunta com a Festa do Agricultor. Foi momento de oração, canto, encontro espiritual sob a tradição gaúcha.

Provas campeiras: desde o início da competição do laço municipal até as gineteadas, muitas categorias foram disputadas. O laço índio, especialmente, despertou olhares pela beleza, pela participação das pessoas e pela modalidade que mistura técnica e expressão cultural.

Desafio do tempo: mesmo com instabilidade do clima no domingo, o público persistiu. A cancha ficou rodeada de espectadores, a emoção permaneceu constante. A garoa tentou, mas não calou o grito do laçador, do peão, do gaúcho.

Foram 26 equipes, além dos cordões, inscritas no Campeonato Municipal de Laço, com cerca de 286 competidores — somente entidades de São Marcos participando.

As gineteadas contaram com nomes como Júnior Shimit, Ramon Shimit, Aldinei Boeira, Fábio Shimit e Huliam Shimit, todos da Tropilha Shimit, que montaram animais doados para exibição sem custo para apresentações.

Tabela com os Campeões do Laço — São Marcos 2025

Cultura, movimento e legado

Desde os dias 6 e 7 de setembro, com o 1º São Marcos em Verso, que despertou vozes e aplausos, passando por oficinas culturais, o show do Quarteto Coração de Potro, torneios de futebol de bombacha, sessões solenes, homenagens: tudo foi preparando o terreno para esse encerramento de alma campeira.

A coordenação dos Festejos — sendo Cristian Castilhos na parte campeira, com o apoio de Cisa Santos, Felipe dos Reis e da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo — merece destaque. Organização, articulação de entidades, preparo de espaço, alimentação, logística dos animais, da pista, tudo fez diferença.

Foi uma festa que, mesmo enfrentando a chuva, permaneceu de pé, de corações firmes. O São Marcos Online transmitiu ao vivo vários desses momentos, permitindo que quem não estivesse no Parque Municipal sentisse-se parte da festa.

Os campeões do laço se tornaram nomes de honra nesta edição. As gineteadas emocionaram. As laçadas, as prendas, os peões, cavalarianos: todos mostraram o que é manter viva uma cultura. Se hoje São Marcos respira tradição, é porque muitos colocaram a mão no arado, laçaram, rezaram, cavalgada, suaram e acreditaram.