Quando a fé ganha movimento: Criúva celebra a tradição da romaria em nome de Padre Pedro
Entre a devoção e a memória, 7 anos da romaria celebrado em agosto será marcado com corrida, pedal e segurança aprimorada.

Fotografia do momento de inauguração da estátua do Padre Pedro Rizzon em frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, em Criúva. A escultura, em metal dourado, representa o sacerdote com vestes clericais, sobre pedestal de pedra. Ao redor, fiéis, autoridades e membros da comunidade participam da solenidade ao ar livre. Ao fundo, observa-se a fachada de pedra da igreja.
A Romaria em Honra ao Padre Pedro Rizzon, já consagrada como tradição na Serra Gaúcha, chega à sua 7ª edição no próximo dia 17 de agosto de 2025. O evento é uma celebração de fé, memória e comunidade que une devotos de várias modalidades — a pé, de bicicleta, motos, jipes, quadriciclos, gaiolas e até carros antigos — em uma caminhada repleta de devoção e confraternização.
Tudo começou em 2018, com a primeira romaria. Na ocasião, a comunidade inaugurou uma estátua em bronze do padre — pároco de Criúva por 22 anos e grande incentivador da Festa do Divino Espírito Santo — além de uma sala de memória na Igreja Nossa Senhora do Carmo.
No ano seguinte, cerca de 100 romeiros saíram a pé da Gruta de Nossa Senhora Aparecida, em São Marcos, por volta das 7h, percorrendo aproximadamente 17 km até Criúva. Pontos de apoio como água, sanitários e transporte de retorno em ônibus foram disponibilizados. Após a chegada, cerca de 1.500 almoços foram servidos.
Evolução e desenvolvimento do evento
Nos anos seguintes, o evento cresceu em ritmo e diversidade. A 4ª edição, em 2022, incluiu novas modalidades como jipes e quadriciclos, além dos tradicionais fiéis a pé, ciclistas e motociclistas. A participação aumentou, e a romaria se consolidou como um dos eventos religiosos e comunitários de maior expressão local.
A 6ª edição foi realizada no ano passado, juntamente com a celebração do centenário da Paróquia, consolidando ainda mais o significado simbólico e cultural da romaria
Luiz Valmor Camassola, mais conhecido como Neco — organizador e membro da comissão permanente da Romaria e SMO — revive com carinho os primeiros momentos:
"Há sete anos atrás, quando inauguramos a estátua do Padre Pedro… eu faço parte da comissão que preparou os trabalhos para construir a estátua. Desde o começo, estou ajudando sempre... esse ano o diferencial é que às sete e meia nós vamos ter a maratona… E, em termos de segurança, vamos ter os bombeiros com ambulância e apoio em dois pontos: na entrada de Tuiuti e no Boqueirão." — Neco.
Ele ressalta a evolução do evento, mencionando que nos últimos dois anos já foram servidos mais de 1.200 almoços. “Foi uma plantinha que germinou e está dando frutos”, conclui, orgulhoso do progresso alcançado.
O legado de Padre Pedro Rizzon
Padre Pedro nasceu em 26 de abril de 1918, em São Marcos. Formado em Teologia e Filosofia, atuou por 22 anos como pároco em Criúva. Foi também reitor do Seminário Nossa Senhora Aparecida e professor universitário na UCS, lecionando em cursos como sociologia, economia, administração e ciências contábeis. Faleceu em 19 de agosto de 2004, deixando uma marca perene nas comunidades que serviu.
Agenda da 7ª Romaria — 17 de agosto de 2025
Horário | Atividade |
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07h00 | Peregrinação a pé saindo da Igreja Matriz de São Marcos |
07h30 | 1ª Desafio de Corrida Padre Pedro Rizzon |
09h00 | Romaria dos ciclistas |
10h00 | Romaria de motos, jipes, quadriciclos, gaiolas, carros antigos |
10h30 | Missa e bênção na Igreja de Criúva |
12h30 | Almoço no salão paroquial — menu com tortéi, galeto, churrasco, saladas, pão, vinho, refrigerante e merengue |
15h00 | Missa e bênção na Igreja Matriz de Criúva |
Este ano, com apoio dos bombeiros (ambulância e dois pontos de apoio), a segurança está ainda mais reforçada.
A Romaria em Honra ao Padre Pedro Rizzon simboliza mais que tradição: ela reflete fé viva, amizade comunitária e o respeito por um legado que continua acolhendo gerações. A participação em massa dos devotos, a variedade das modalidades e a dedicação da comissão organizadora reafirmam que este evento ainda tem muitas histórias por contar — e muitos passos de fé por acompanhar.