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Márcio Rech: Você é o seu negócio ou tem um negócio?

Reflexões sobre liderança e autonomia mostram como o excesso de centralização pode travar o crescimento das empresas em fase de expansão — e como é possível virar esse jogo.

Atualizado em 08/08/2025 às 12:08, por Angelo Batecini.

Márcio Rech: Você é o seu negócio ou tem um negócio?

Márcio Rech, especialista em Desenvolvimento Humano, sentado em uma poltrona preta, sorridente, vestindo camiseta vermelha e jeans, segurando um celular; ao fundo, layout gráfico em tons alaranjados com elementos urbanos.

Existe uma pergunta simples que ajuda a identificar o grau de maturidade de uma empresa: se o(a) empreendedor(a) se ausentasse por 30 dias, a empresa cresceria, congelaria ou reduziria?

Se a resposta for "congela" ou "reduz", é sinal de alerta. Isso geralmente indica uma centralização excessiva das decisões, uma armadilha comum em negócios em fase de crescimento.

É natural acreditar que ninguém faz tão bem quanto o próprio fundador, mas quando o negócio chega a um determinado estágio, o que funcionou até aqui pode se tornar justamente o que impede o avanço.

O desafio está em reconhecer que, para escalar, é necessário contar com as habilidades e competências de outras pessoas. A seguir, alguns sinais que indicam excesso de centralização:

Tudo precisa da sua aprovação

Desde a contratação de um estagiário até a escolha da cor de um post no Instagram. Se nada acontece sem a sua autorização, há mais controle do que liderança.

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Férias verdadeiras são impossíveis

Quando é necessário checar mensagens e e-mails a cada meia hora, mesmo em momentos de descanso, é porque a operação não se sustenta sozinha.

A equipe apenas executa, não decide

Se os colaboradores perguntam constantemente “o que eu faço?” ao invés de apresentarem soluções, é sinal de que não há autonomia – existe uma fila de espera, não um time engajado.

É importante lembrar: o papel da liderança está em pensar no futuro, e não em apagar incêndios o tempo todo.
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O líder-herói: um modelo ultrapassado

O conceito de líder-herói ainda é valorizado em muitas empresas. Trata-se daquela figura que tem todas as respostas, que corrige tudo e que, ao final do dia, “salva” o time.

Apesar da aparência positiva, esse tipo de liderança costuma gerar sobrecarga, falta de delegação e dependência. O(a) próprio(a) líder torna-se refém do negócio.

Para sair desse ciclo, três movimentos são fundamentais:

1. Desenvolver líderes, não apenas executores

Executores cumprem ordens. Líderes tomam decisões e assumem responsabilidades. Criar um ambiente em que a equipe possa exercer liderança é essencial para o crescimento sustentável.

2. Dar autonomia e cobrar resultados

Oferecer liberdade para que as pessoas decidam dentro de suas áreas e, ao mesmo tempo, cobrar pelos resultados obtidos. A confiança se constrói assim.

3. Deixar de ser o(a) salvador(a)

Resolver problemas que poderiam ser solucionados pela equipe enfraquece a autonomia e envia uma mensagem de desconfiança. O resultado? As pessoas deixam de tentar e esperam ordens.

Se ao ler essas reflexões você percebeu que está no centro demais do seu negócio, saiba que essa é uma realidade comum entre empreendedores em expansão. E o mais importante: é possível virar esse jogo.

Esse é um dos focos de trabalho nas mentorias realizadas junto a empreendedores e líderes em desenvolvimento.
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Mais informações sobre os atendimentos podem ser encontradas em www.marciorech.com.br.