Fortes chuvas e ventos intensos que atingiram a região no último domingo à noite deixaram mais uma propriedade rural atingida pela queda de parreiral na Linha Rosita, no interior do município. A informação foi confirmada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Agricultores Familiares (STAF) de São Marcos, Sandra Meneguzzo, que relatou o impacto do temporal e os prejuízos causados nas lavouras de uva.

De acordo com o depoimento de Sandra, a chuva, que se intensificou no domingo à noite, derrubou cerca de 3,5 hectares de parreiral de uva Bordô na propriedade de Jules Fontana. “Foi naquele temporal que deu domingo de noite, aquela chuvarada… caiu por uns 3,5 hectares de parreiral. Uva Bordô, e já estamos aí acionando o povo para trabalhar. Na próxima segunda-feira vão começar. E parece que na terça o prefeito pediu para vir o Exército, porque é bastante, né? Então tem que ter bastante força aí de homens”, disse Sandra em áudio enviado à reportagem.

Ainda segundo ela, o impacto do clima tem deixado produtores rurais preocupados e em estado de alerta, já que nos últimos dias outros dois parreirais também haviam sido derrubados em localidades diferentes do município, além de ocorrências similares em Flores da Cunha, também na região serrana, como já publicado pelo São Marcos Online.

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Prefeitura busca apoio do Exército e mobiliza agricultores

Em conversa, o prefeito Volmir Rech detalhou as providências que estão sendo adotadas pela administração municipal para auxiliar os produtores rurais afetados pelo temporal. Segundo Rech, o parreiral que caiu foi registrado na noite de domingo, e após avaliação das condições o município solicitou oficialmente o apoio do Exército Brasileiro.

“O parreiral que caiu foi domingo à noite lá na Rosita. É que hoje nós nos mobilizamos e eu mandei o ofício para o Exército. Eles devem mandar 30 homens na terça-feira. A gente conseguiu 30 homens para ajudar a erguer esse parreiral de cerca de 4 hectares, propriedade do Jeles Fontana ali, sabe, na Rosita”, afirmou o prefeito.

Rech explicou que na manhã seguinte ao temporal manteve uma série de contatos com autoridades de municípios vizinhos também atingidos, como Flores da Cunha e Bento Gonçalves, para compartilhar experiências e estratégias de resposta às perdas provocadas pelo clima. Em seguida, ele conseguiu apoio do Exército em Caxias do Sul, garantindo a mobilização da tropa que deve chegar já na próxima terça-feira.

Além da atuação dos militares, o prefeito destacou que a administração vai utilizar a imprensa local para convocar agricultores e voluntários da comunidade para integrar os esforços de recuperação, reforçando que a ajuda comunitária será fundamental diante da quantidade de trabalho a ser realizado.

Clima extremo e impacto na agricultura na Serra Gaúcha

Eventos climáticos severos com chuva intensa, ventos fortes e temporais têm sido recorrentes na Serra Gaúcha e no Rio Grande do Sul como um todo, trazendo prejuízos para diversos setores, em especial a agricultura e o setor vitivinícola, fortemente representados na economia local. A região serrana é frequentemente impactada por instabilidades climáticas que geram desde alagamentos e vendavais até prejuízos em lavouras e parreirais, refletindo uma tendência de eventos extremos que têm afetado propriedades rurais em diferentes municípios.