Julho Dourado: Mês da conscientização sobre a saúde e o bem-estar animal
Julho Dourado: valor e carinho para a vida animal — cuidar é um compromisso coletivo. Acompanhe o artigo das profissionais Nina Trícia Disconzi Rodrigues, Paulyne Jappe Dorneles e Fernanda Furlan Giotti — coordenadora e integrantes do Grupo de Pesquisa em Direitos Animais (GPDA) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Foto de veterinário com paciente canino sorridente em ambiente profissional – remete à empatia, acolhimento e vínculo entre veterinário, tutor e animal de estimação. Imagem livre de direitos autorais
O mês de julho carrega uma simbologia especial quando o assunto é a proteção e o cuidado animal, pois é representado pela campanha nacional denominada Julho Dourado, que busca a conscientização social sobre a guarda responsável, o bem-estar físico e emocional dos animais e a prevenção de doenças, destacando a importância da vacinação e da castração.
A escolha da cor dourada não é aleatória, uma vez que ela remete ao valor da vida animal — algo precioso e digno de proteção. O Julho Dourado propõe uma reflexão sobre a forma como os animais de companhia são inseridos nas rotinas familiares, lembrando que moradia e alimentação são apenas parte dos cuidados necessários, pois a atenção veterinária, o espaço adequado, o estímulo mental/físico, a socialização, o respaldo legal também são fundamentais na construção de uma convivência responsável entre humanos e animais.
Além disso, a saúde dos animais não é uma questão isolada, pois está intimamente ligada à saúde pública e ao equilíbrio ambiental. Garantir cuidados adequados a cães, gatos e outros animais domésticos contribui para o controle de zoonoses e para uma convivência mais segura e harmoniosa em sociedade.
Vacinar é uma forma direta de proteger contra doenças perigosas, como a raiva, que ainda persiste e pode ser fatal. Também previne enfermidades como a cinomose e a parvovirose, que provocam sofrimento intenso e evitável. A imunização dos animais funciona ainda como uma barreira eficaz contra as zoonoses, protegendo toda a comunidade.
Ainda hoje, milhões de animais vivem nas ruas, desassistidos e expostos a riscos. Muitos foram vítimas do abandono; outros nasceram da ausência de políticas públicas eficazes e do descaso da sociedade. Apesar disso, continuam a buscar de nós o mínimo que lhes é devido: atenção, cuidado e respeito.
Mais do que uma campanha pontual, o Julho Dourado é um chamado à empatia, à responsabilidade individual e ao compromisso coletivo, nos convidando a reflexão: como temos tratado aqueles que não têm voz, mas sentem, sofrem e expressam afeto com genuína entrega?
Texto: Nina Trícia Disconzi Rodrigues, Paulyne Jappe Dorneles e Fernanda Furlan Giotti — coordenadora e integrantes do Grupo de Pesquisa em Direitos Animais (GPDA) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).