/apidata/imgcache/db746b92d4b56a00aaf7d89589a197c7.png
/apidata/imgcache/6489286f0535723f1bc933597a4c23f2.png
/apidata/imgcache/b57034c3e59176a09cbbea646c22583a.png

Governo estuda liberar obtenção da CNH sem aulas obrigatórias em autoescolas

As provas teórica e prática para a aprovação do condutor continuam, mas o candidato poderá estudar pela internet, com um familiar ou em oficinas populares

Atualizado em 29/07/2025 às 13:07, por Liliane Cioato.

Governo estuda liberar obtenção da CNH sem aulas obrigatórias em autoescolas

Imagem mostra um carro de autoescola estacionado em via urbana durante o dia. O veículo tem a lateral pintada de amarelo com a inscrição “AUTO ESCOLA”. Ao fundo, outro carro trafega pela rua, com árvores e prédios residenciais visíveis.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou nesta terça-feira (29) que o governo federal estuda uma mudança significativa no processo de emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), eliminando a obrigatoriedade de aulas em autoescolas. A proposta, segundo ele, tem como objetivo reduzir custos e facilitar o acesso à habilitação, principalmente para a população de baixa renda.

Atualmente, o valor para conquistar a CNH varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, o que, segundo o ministro, tem levado milhões de brasileiros a dirigir sem licença. “Hoje, uma parte significativa das pessoas dirige sem carteira porque ficou muito caro obter uma habilitação. O cidadão não consegue pagar esse valor”, declarou Renan Filho.

/apidata/imgcache/c9086ef94dad4d18574aac51a8a0b2ce.png

Cursos ainda estarão disponíveis

Apesar da retirada da obrigatoriedade, os cursos ministrados por instrutores credenciados continuarão sendo oferecidos, supervisionados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans). “A ideia não é extinguir os cursos, mas permitir que as pessoas tenham opções e que o processo seja mais acessível”, explicou o ministro.

Renan destacou ainda que 40% dos compradores de motocicletas não possuem habilitação, evidenciando a dificuldade de acesso ao documento. “Hoje, as pessoas já dirigem sem qualquer curso. Queremos garantir que elas possam se qualificar, pagando menos e de forma simplificada”, afirmou.

Os carros também não precisariam mais ser adaptados para as autoescolas. Hoje, há exigências, como os pedais para o instrutor, no lado do passageiro. Os veículos também podem ter no máximo 8 anos, no caso das motos, ou 12 anos, no caso dos carros de passeio. Se a mudança for aprovada, será possível praticar em um carro particular ou do instrutor autônomo.

/apidata/imgcache/1bdafa2166b14962cb7735c80fd0ebfb.png

Impacto social e críticas ao sistema atual

O ministro também apontou desigualdades sociais no modelo vigente, destacando que, em muitos casos, famílias com recursos limitados priorizam a emissão da CNH para homens, deixando mulheres sem habilitação.

Além disso, Renan Filho criticou o que chamou de “máfias das autoescolas”, alegando que o sistema atual incentiva reprovações e cobranças repetidas. “Desburocratizar e baratear acaba com isso. Hoje, entre 3 e 4 milhões de carteiras são emitidas por ano, movimentando até R$ 16 bilhões que poderiam estar em outros setores da economia”, disse.

/apidata/imgcache/1fd4dd12a135f2a49158fe1f91cb23cf.png

Implementação sem necessidade de aprovação do Congresso

Segundo o ministro, a medida poderá ser implementada via regulamentação, sem alterações profundas na lei, o que dispensa aprovação pelo Congresso Nacional.

Renan Filho acredita que a mudança também contribuirá para a formação de novos trabalhadores, especialmente em áreas que exigem habilitação, como transporte de passageiros e cargas. “Dar a oportunidade para que as pessoas tirem a carteira mais cedo e com menos custos é fundamental para melhorar o acesso ao mercado de trabalho e dinamizar a economia”, concluiu.


Quer que eu também sugira uma linha fina (subtítulo) para essa matéria?