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Fernando Fachini: acidente de trabalho; como evitar riscos e proteger sua empresa

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Atualizado em 03/04/2025 às 14:04, por Equipe SMO.

Fernando Fachini: acidente de trabalho; como evitar riscos e proteger sua empresa

Você sabia que a falta de prevenção pode gerar multas e processos que ameaçam sua empresa? No nosso novo artigo, mostramos como reduzir riscos, garantir a segurança dos colaboradores e proteger o seu negócio de impactos financeiros e jurídicos

Acidentes de trabalho são, infelizmente, imprevisíveis e podem acontecer a qualquer momento, independentemente do setor de atuação da empresa.

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Mesmo com todas as precauções, um descuido, uma falha humana ou uma máquina emperrada podem resultar em um incidente grave. Diante desse cenário, a melhor estratégia é a prevenção e a preparação para minimizar os impactos financeiros e jurídicos na empresa.

De imediato, diga-se que o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é dever da empresa, sendo que o uso adequado destes equipamentos e a adoção de medidas preventivas são exigências legais e fundamentais para evitar penalidades do órgão fiscalizador e reduzir os riscos de acidentes.

Neste ponto, vale ressaltar que não basta apenas fornecer os EPI’s, mas também fiscalizar com rigor o uso destes equipamentos durante a jornada de trabalho, pois o uso de uma luva ou um óculos, por exemplo, pode evitar ou amenizar o grau de uma lesão.

Empresas que não conseguem comprovar a entrega e fiscalização do uso de EPIs podem enfrentar um cenário jurídico desfavorável em eventuais ações trabalhistas que envolvem lesões por acidente laboral.

Portanto, o empregador não deve hesitar ao advertir ou até suspender um colaborador que não estiver utilizando a proteção adequada, pois a responsabilidade legal em caso de acidente será da empresa, salvo se for comprovada a culpa exclusiva do empregado para que o acidente ocorresse.

No Brasil, ações trabalhistas decorrentes de acidentes de trabalho são corriqueiras. Em Caxias do Sul, por exemplo, o número de ações é tão alto que existe uma Vara da Justiça do Trabalho apenas para julgar este tipo de processo.

O impacto financeiro destas ações para a empresa pode ser devastador, com condenações que facilmente ultrapassam os R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Isso porque a empresa pode ser condenada ao pagamento de pensão mensal vitalícia ao funcionário acidentado (com base no grau de incapacidade que o acidente gerou), além de condenação em danos morais e eventualmente danos estéticos.

Para pequenas e médias empresas, esse valor pode representar um grande prejuízo e, em alguns casos, até mesmo a falência do negócio.

Mas então, caro empresário, como se prevenir desta situação?

Primeiramente, e como já dito acima, o fornecimento e fiscalização do uso de EPI’s é fundamental. Porém em alguns casos, mesmo com o uso de equipamento de proteção um acidente pode ocorrer.

Nesse contexto, o seguro operacional surge como uma solução acessível e eficaz para mitigar riscos. Seu custo anual é baixo, ainda mais se comparado ao impacto financeiro de uma condenação judicial.

Com esta contratação, a empresa poderá acionar a seguradora para indenizar o colaborador acidentado ou, em caso de ação trabalhista, incluir a seguradora no processo para que ela pague o valor de eventual condenação, até o limite da apólice contratada.

Além da proteção financeira, a contratação do seguro demonstra responsabilidade empresarial e preocupação com a segurança dos colaboradores. Empresas que adotam essa medida mostram compromisso com a gestão de riscos e a sustentabilidade do negócio, o que pode, inclusive, ser um diferencial competitivo no mercado.

O ideal é que cada empresa analise suas atividades e contrate um seguro que cubra suas necessidades específicas. Alguns setores, como construção civil e indústria, naturalmente apresentam riscos mais elevados, exigindo coberturas mais amplas. Mas mesmo em áreas administrativas os acidentes podem acontecer, e estar preparado nunca é um desperdício.

Ignorar esse tipo de proteção pode ser um erro caro demais. Em um cenário econômico onde qualquer descuido pode significar o fechamento das portas, investir em um seguro operacional é uma decisão estratégica que garante tranquilidade e segurança para o futuro da empresa. Afinal, prevenir sempre será mais barato do que remediar.

Texto: Fernando Fachini

Advogado, sócio da FG Advogados. Formado em 2019 pela Universidade de Caxias do Sul, exerce a advocacia desde então, com foco na área do direito do trabalho, direito do consumidor e direito civil em geral.

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