Família de Campestre da Serra inicia campanha para levar bebê à Tailândia para tratamento com células-tronco
Família tenta arrecadar R$ 320 mil até o início de 2026 para o tratamento que deverá ocorrem em maio. “Se não houvesse esperança em nenhum lugar do mundo, aceitaríamos o diagnóstico. Mas saber que existe uma possibilidade real de melhora nos faz lutar ainda mais”, reforça a mãe de Melinda

A criança, que atualmente reage apenas a estímulos de luz, não consegue identificar objetos, cores ou rostos, conforme relata a família.
A pequena Melinda, de apenas 8 meses, diagnosticada com baixa visão grave, ganhou uma nova esperança: a possibilidade de realizar um tratamento com células-tronco na Tailândia, previsto para maio de 2026. A família iniciou uma campanha para arrecadar recursos e viabilizar a viagem.
Melinda apresenta comprometimento severo da visão, reagindo apenas a estímulos de luz e sem conseguir identificar objetos, cores ou rostos. No Brasil, ela realiza sessões de estimulação visual em Caxias do Sul — duas vezes por semana — e fisioterapia três vezes por semana, com parte do tratamento custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde de Campestre da Serra assumiu o custeio das próximas 24 sessões de estimulação visual, garantindo três meses de acompanhamento especializado. Casa sessão custa R$ 240 e a família havia iniciado uma campanha para cobrir os custos.
Agora, os pais lutam para arrecadar cerca de R$ 320 mil, valor que inclui os $ 26 mil dólares do tratamento, além de passagens, hospedagem, alimentação e despesas médicas após o procedimento. O tratamento, que dura entre 15 e 20 dias, não garante cura, mas pode melhorar significativamente a visão de Melinda.
Em carta de aceitação emitida pela Beike Biotechnology Co. Ltd., empresa responsável pelo tratamento, os médicos confirmam que o caso da criança “é tratável” e que a equipe médica está preparada para oferecer “o melhor atendimento disponível, com grandes expectativas para um bom resultado”.
“Ela já tem consciência visual e reage à luz. Esse hospital nos dá a esperança de que ela possa ver de verdade. Conheço mães que passaram pelo mesmo tratamento e tiveram resultados positivos. É a única chance de uma melhora significativa”, afirma a mãe, Juliana Cioato.
A baixa visão grave pode ser causada por malformações congênitas ou lesões no sistema visual durante a gestação ou nos primeiros meses de vida. Diferente da cegueira completa, quem tem baixa visão pode enxergar parcialmente, mas depende de terapias para desenvolver o máximo possível da capacidade visual. Especialistas reforçam que os primeiros dois anos de vida são decisivos, porque o cérebro ainda está formando conexões importantes para a visão.
Para ajudar na campanha, a família criou uma vakinha online no link: https://www.vakinha.com.br/5695681.
As contribuições serão destinadas ao tratamento, à viagem e à continuidade das terapias de reabilitação visual no Brasil.
“Se não houvesse esperança em nenhum lugar do mundo, aceitaríamos o diagnóstico. Mas saber que existe uma possibilidade real de melhora nos faz lutar ainda mais”, reforça Juliana.