Estagiária do Fórum de São Marcos é afastada após investigação por vazamento sigiloso
Ação do MP do RS revela casos de vazamento de informações em diversos municípios.

Ação do MP do RS revela casos de vazamento de informações em diversos municípios. A servidora foi afastada administrativamente e teve o celular apreendido na última quinta-feira
Nos últimos meses, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) tem conduzido uma série de ações para combater o vazamento de informações sigilosas da Justiça no estado. Em meio a essas investigações, surgiu um caso preocupante no Fórum de São Marcos, envolvendo uma estagiária suspeita de vazar informações sensíveis.
No dia 26 de outubro, a polícia civil, a pedido do Ministério Público, cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa da estagiária em questão, afastando-a de suas funções no Fórum de São Marcos. Segundo informações obtidas pela reportagem do SMO junto ao núcleo de comunicação do Ministério Público, a estagiária foi desligada administrativamente, e seu celular foi apreendido para análise, visando aprofundar as investigações.
As investigações em torno deste caso fazem parte de uma série de ações do MPRS, que visa coibir o vazamento de informações sigilosas que comprometem operações policiais e colocam em risco a segurança dos agentes de segurança. O promotor Flávio Duarte, da 8ª Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, destaca aos SMO que estagiários, em alguns casos com o uso de senhas próprias ou de servidores do Poder Judiciário, repassavam informações sigilosas, inclusive mediante pagamento, a criminosos envolvidos em operações policiais.
“A negociação ilícita de dados ocorreu, em alguns casos, com integrantes de organizações criminosas que atuam, principalmente, no tráfico de drogas”, afirmou o promotor Duarte.
Além do prejuízo para a efetividade das operações policiais, que acabam sendo infrutíferas devido ao acesso antecipado das informações pelos investigados, essa prática também representa um risco para a atividade dos agentes de segurança. Os suspeitos podem se preparar para uma reação durante o cumprimento de ordens judiciais, o que coloca em perigo a vida desses profissionais.
A investigação também apurou a possível participação de advogados nesse esquema de vazamento de informações sigilosas, e o trabalho do Ministério Público continua em busca de identificar e responsabilizar todos os envolvidos.
Esse caso serve como um alerta para a importância de manter a integridade do sistema de justiça e combater atos que comprometem a segurança pública. O MPRS está comprometido em garantir que a justiça prevaleça e que os responsáveis por tais vazamentos sejam levados à justiça, conforme nota enviada à reportagem.
O SMO continua acompanhando de perto os desdobramentos desta investigação para mantes os leitores bem informados sobre novos episódios.