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Entenda por que os quadros de rinite alérgica podem aumentar na primavera e veja os cuidados necessários

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Atualizado em 23/09/2024 às 13:09, por Equipe SMO.

Entenda por que os quadros de rinite alérgica podem aumentar na primavera e veja os cuidados necessários

Segundo a Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês), a rinite alérgica afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo

A primavera começou no domingo, 22 de setembro, e com ela aumentam os sintomas típicos de alergias, como espirros, obstrução nasal, tosse, coriza e coceira no nariz e nos olhos, de acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). A estação das flores marca um aumento nos casos de rinite alérgica sazonal.

Segundo o Dr. Olavo Mion, coordenador do Departamento de Alergia da ABORL-CCF, a rinite alérgica ocorre devido à inflamação da mucosa nasal, provocada por alérgenos, como o pólen, que se concentra em maior quantidade no ar durante a primavera.

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As condições climáticas dessa estação, com variações de temperatura, clima seco e chuvas irregulares, facilitam a liberação e dispersão do pólen, agravando os sintomas nas pessoas alérgicas e afetando sua qualidade de vida e produtividade.

A Organização Mundial da Alergia (WAO) alerta que mais de 400 milhões de pessoas no mundo sofrem de rinite alérgica, uma das alergias respiratórias mais comuns.

Cuidados e prevenção

Evitar o contato com o componente alérgeno é maneira mais eficaz de prevenir crises dessa doença. Além do pólen, a poeira, os pelos de animais e ácaros estão entre os principais agentes desencadeantes da rinite alérgica na primavera, segundo a avaliação de Mion. 

A seguir, o especialista da ABORL-CCF orienta sobre os principais cuidados  a serem tomados para reduzir quadros e agravamentos da doença:

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Em casa

Aplicar medidas de controle do ambiente pode ser desafiador, considerando que o pólen está espalhado pelo ar. No domicílio, a orientação dos otorrinolaringologistas é deixar as janelas fechadas, especialmente durante a manhã e tarde, quando a contagem de pólen está mais alta.  

“A higienização dos espaços de convivência também é essencial, de preferência utilizando pano úmido, para evitar que o pólen, a poeira e pelos de animais no chão fiquem espalhados pelo ar”, cita Olavo.

Manter os filtros do ar-condicionado sempre limpos ajuda purificar o ar interno, por isso, também é uma medida preventiva importante. Outra dica é com relação às roupas. Elas devem ser penduradas longe de árvores ou canteiros floridos para impedir a contaminação pelo pólen.

Ambiente externo

A atividade física regular ajuda a reduzir a inflamação no corpo, mas por conta da alta concentração de pólen no ar, o horário do exercício físico em área externa precisa ser avaliado. Importante deixar as corridas e caminhadas para o período noturno, por exemplo, indicam especialistas.

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Para quem precisa transitar, durante o dia, o uso de óculos de sol pode proteger e ajudar a diminuir o contato dos olhos com o pólen presente, reduzindo as irritações.

“A higiene pessoal após atividades ao ar livre, como parques ou áreas arborizadas, é essencial para se livrar do pólen que pode ficar preso na pele e cabelo”, recomenda Mion.

Animais de estimação

Os pets de pessoas alérgicas também precisam de cuidados específicos no período da primavera. Além do pelo ser um alérgeno, o pólen pode se acumular na superfície dos animais, por isso, a higienização dos pelos, com uma maior frequência, vai evitar episódios dessa alergia sazonal.

Higiene Nasal

A lavagem nasal com solução salina, como soro fisiológico, é um recurso que pode auxiliar na remoção de alérgenos da mucosa do nariz. 

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Hábitos saudáveis

Manter a hidratação e a umidade do ambiente ajuda a aliviar os desconfortos nasais e manter as vias aéreas úmidas.

“Isso é essencial para evitar a irritação e o ressecamento das mucosas nasais, que podem agravar os sintomas da rinite, como congestão e espirros. A hidratação adequada também remove partículas alergênicas, como pólen e poeira, presentes no nariz, ajudando a reduzir as crises”, explica Mion.

O especialista ainda recomenda uma alimentação saudável, rica em alimentos naturais, como frutas, verduras e legumes. Esses alimentos contêm antioxidantes, como a vitamina C, que fortalecem o sistema imunológico, ajudam o corpo a se preparar e reduzem inflamações, inclusive nas vias respiratórias.

Terapia medicamentosa

Há medicamentos que podem prevenir e controlar os sintomas da rinite alérgica, mas devem ser prescritos por um especialista.

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“Evite a automedicação, especialmente o uso de descongestionantes nasais. Eles podem dar alívio imediato, mas seu uso indiscriminado pode causar dependência e piorar o quadro. Somente o médico pode avaliar e indicar o tratamento adequado, já que cada paciente é único e o tratamento precisa ser personalizado”, conclui Mion.

Sobre a ABORL-CCF

Com 75 anos de atuação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) promove o desenvolvimento da especialidade. Isso ocorre por meio de cursos, congressos e projetos de educação médica. A entidade também realiza intercâmbios científicos com outras organizações. Busca defender a especialidade e lutar por remuneração justa para mais de 8.600 otorrinolaringologistas no país.