Adiló Didomenico, chefe do Executivo caxiense, descerrou a placa em evento no último sábado. Distrito ocupa aproximadamente um terço da área total de Caxias do Sul

A chuva que desabou carregada e rápida sobre o centro de Criúva, pouco antes da hora do almoço deste sábado (3), dividindo ao meio o cerimonial que celebrava os 250 anos de povoamento, com um intervalo forçado sob o abrigo emergencial da igreja, foi comemorada pelos moradores. O distrito que ocupa aproximadamente um terço da área total de Caxias do Sul tem nas atividades do campo tanto sua matriz econômica quanto sua identidade. Quando o céu manda água, é bênção. E foi com ela que representantes da comunidade e o prefeito Adiló Didomenico descerraram a placa que agora marca a passagem de dois séculos e meio de existência.

“Criúva me encanta a cada vez que venho para cá. Pela sua gente e sua hospitalidade. É uma vila bem cuidada, preservada, onde se percebe o carinho da comunidade com o seu lugar. Temos uma dívida de gratidão com este povo que optou duas vezes por Caxias do Sul”, declarou, Adiló Didomenico, chefe do Executivo, aludindo aos anos de 1954 e 1991, quando a comunidade decidiu, respectivamente, pela anexação e permanência ao município onde está vinculada até hoje.

Originalmente, o território forjado no tropeirismo pertencia ao vizinho São Francisco de Paula. As informações trazidas à luz dos presentes foram colhidas pelo presidente do grupo EcoCriúva, Geremias Rech, com o historiador Luiz Antônio Alves.

“A partir daquelas conversas que tivemos, há cerca de dois anos, um grupo de moradores se reuniu com o propósito de preservar a história e o legado destes 250 anos de povoamento. A placa que descerramos hoje fará companhia ao Monumento aos Carreteiros, que justamente remete ao cenário histórico que serve de inspiração para grande parte da obra dos Bertussi”, revelou Rech, fazendo referência aos mais famosos e celebrados filhos artísticos da terra.

Um amplo resgate do processo de ocupação e desenvolvimento do território ficou a cargo do sub-prefeito Luiz Reis, que descreveu em minúcias todo fluxo humano que deixou seus rastros e vestígios pelo tempo e espaço de Criúva.

“Foi uma ocupação que começou porque Portugal tinha preocupação com possíveis invasões espanholas. Então, aqui, estamos falando do tempo do Tratado de Madri, ainda anterior ao Tratado de Tordesilhas. Era uma rota de passagem pelo interior do Brasil”, assinalou Reis.

Em um dia de celebração do passado, o prefeito também aproveitou para destacar a visão administrativa de futuro para o distrito:

“Queremos trazer o desenvolvimento sustentável, com todo o cuidado, por meio do turismo. Criúva é uma região fantástica e que merece muita visibilidade”, concluiu Adiló Didomenico, pouco antes de um almoço de confraternização com os moradores.

ASCOM Prefeitura de Caxias do Sul