Coqueluche avança no RS: Estado registra 75 casos e um óbito em 2025; vacinação é reforçada
Crianças, gestantes e profissionais devem se vacinar. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a faixa etária mais afetada em 2024 foi a de crianças menores de um ano, representando 24% dos casos. O Rio Grande do Sul enfrenta um aumento expressivo nos casos de coqueluche.

Crianças, gestantes e profissionais devem se vacinar. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a faixa etária mais afetada em 2024 foi a de crianças menores de um ano, representando 24% dos casos.
O Rio Grande do Sul enfrenta um aumento expressivo nos casos de coqueluche. Em 2024, o estado registrou 430 casos confirmados da doença, o maior número desde 2013, quando houve 517 notificações. Além disso, o estado voltou a registrar um óbito em 2024, algo que não acontecia desde 2017. Em 2025, até o momento, já são 75 casos confirmados e uma morte.
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre pelo contato direto com gotículas respiratórias de pessoas infectadas, através de tosse, espirro ou fala. A doença é caracterizada por crises de tosse seca e, em casos graves, pode causar complicações respiratórias e até levar à morte.
De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a faixa etária mais afetada em 2024 foi a de crianças menores de um ano, representando 24% dos casos. Muitas delas ainda não completaram o esquema vacinal, o que as torna mais vulneráveis à infecção. O óbito registrado no ano passado foi de uma criança nessa faixa etária, residente em Camaquã.
Outro dado alarmante é a incidência entre pré-adolescentes: 22,59% dos casos confirmados no ano passado foram de pessoas entre 10 e 14 anos. Em 2025, o óbito registrado foi de um adolescente de 15 anos, morador de Horizontina, que apresentava outras comorbidades.
A vacinação é a principal medida de prevenção contra a coqueluche. O calendário vacinal do Ministério da Saúde prevê a aplicação da vacina pentavalente em bebês aos dois, quatro e seis meses de idade, com reforços aos 15 meses e aos quatro anos com a tríplice bacteriana (DTP). A vacina também é indicada para gestantes a partir da 20ª semana de gestação, profissionais de saúde que atuam em áreas de risco, doulas, parteiras tradicionais e trabalhadores de creches e berçários.
No Brasil, os números também são preocupantes. Em 2024, foram registrados mais de 7,1 mil casos e 28 óbitos pela doença, o maior número desde 2014. Já em 2025, até 7 de fevereiro, o país contabiliza 311 casos confirmados e três mortes: uma no Rio Grande do Sul e duas em Minas Gerais.
A histórica série de dados de coqueluche no Rio Grande do Sul revela a oscilação dos casos ao longo dos anos. O auge foi registrado em 2012, com 772 casos e 10 óbitos. Após uma queda significativa durante a pandemia de Covid-19, quando em 2020 e 2021 houve apenas 11 casos confirmados por ano, os números voltaram a subir de forma expressiva.
Autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação, alertando para a necessidade de manter o esquema vacinal em dia, principalmente entre crianças, gestantes e profissionais expostos ao risco de transmissão. Além disso, a identificação precoce dos sintomas e o tratamento adequado são essenciais para conter o avanço da doença.
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul segue monitorando os casos e promovendo ações de conscientização sobre a coqueluche, ressaltando que a prevenção através da vacinação é o caminho mais eficaz para proteger a população e evitar novas mortes.