Em um mundo onde as aparências muitas vezes parecem mais importantes do que a substância, o conceito de autenticidade se torna ainda mais relevante e desafiador.

A busca pela autenticidade é uma questão central na vida humana, ou ao menos deveria ser, sendo muitas vezes associada à realização pessoal e ao bem-estar psicológico. Mas o que significa realmente ser verdadeiro? Em um mundo onde as aparências muitas vezes parecem mais importantes do que a substância, o conceito de autenticidade se torna ainda mais relevante e desafiador.

Ser verdadeiro implica ser fiel a si mesmo, aos próprios valores e sentimentos, independentemente das expectativas e pressões externas, pois podem ser variadas e deselegantes. Essa autenticidade exige coragem, pois muitas vezes estamos tentados a esconder ou modificar nossos verdadeiros sentimentos para agradar aos outros ou evitar conflitos e, quando desagradamos, a discórdia se instaura tornando a base da convivência sórdida demais para ser bem compreendida. No entanto, viver de acordo com nossa verdadeira essência é essencial para uma vida plena e satisfatória.

A autenticidade não significa agir de maneira egoísta ou desprezar o impacto de nossas ações sobre os outros. Ao contrário, ser verdadeiro inclui uma compreensão e respeito pela nossa identidade e pelos outros. Trata-se de encontrar um equilíbrio entre expressar nossas verdadeiras emoções, pensamentos e manter uma sensibilidade para com as necessidades e sentimentos das pessoas ao nosso redor.

A autenticidade também é um caminho para o crescimento pessoal. Quando somos verdadeiros conosco, estamos mais aptos a identificar e trabalhar em nossas fraquezas e forças mostrando cada vez mais um potencial riquíssimo de saberes. Isso nos permite evoluir e nos adaptar de maneira mais genuína às mudanças e desafios da vida. A autoaceitação, o autoconhecimento e o autocontrole são frutos dessa autenticidade, que nos oferece uma base sólida para enfrentar a vida com confiança e resiliência.

Por outro lado, ser verdadeiro pode ter seus desafios, pode ser frustrante, mas vale muito estar em harmonia consigo. Em um mundo cada vez mais conectado ou, diga-se desconectado e superficial, a pressão para se conformar pode ser intensa. A autenticidade pode levar a desconfortos, mal-entendidos ou, até mesmo a rejeições, até porque o desejo da maioria é ser aceito ou comentado. No entanto, esses desafios são parte do processo de viver uma vida autêntica mostrando que está tudo bem, estar frustrado, às vezes, para seguir autêntico em pensamentos e ações dignas. Aceitar que a autenticidade pode, por vezes, nos levar a situações desconfortáveis é um passo importante para abraçar plenamente quem realmente somos.

Em síntese, ser verdadeiro é um processo contínuo de auto exploração e autoaceitação. Requer coragem para enfrentar nossas próprias verdades e para interagir com o mundo de uma maneira que seja genuína e respeitosa, sem comentários enfadonhos e desnecessário. Embora os desafios possam ser significativos, a recompensa de viver uma vida autêntica é um sentido profundo de realização e satisfação pessoal. A autenticidade é, portanto, não apenas uma virtude, mas um caminho essencial para uma vida significativa e rica.

Uma reflexão sobre autenticidade por Flávia Grison