Na manhã desta terça-feira (29), a Prefeitura de São Marcos realizou uma intervenção emergencial para estabilizar provisoriamente um poste de madeira inclinado na Avenida Paraná, no bairro Francisco Doncatto. O caso, que vinha causando preocupação entre os moradores desde a última terça-feira (22), ganhou novos desdobramentos após a divulgação da situação pelo São Marcos Online nesta segunda-feira (28).

O poste, localizado próximo à Escola Municipal do bairro, apresentava risco de queda desde que um caminhão enroscou nos fios, deixando parte da fiação solta e próxima ao solo. Nos dias seguintes, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Urbanos, sinalizou o local com cavaletes para garantir a segurança de pedestres e motoristas.

Apesar das ações iniciais, o impasse sobre a responsabilidade pela manutenção e troca da estrutura impediu uma solução definitiva. Técnicos da RGE estiveram no local na sexta-feira (26), mas alegaram que o poste não é de responsabilidade da concessionária, uma vez que os fios seriam de empresas de internet e telefonia. Estas, por sua vez, também não assumiram a responsabilidade, deixando a situação sem resolução por quase uma semana.

Segundo o secretário de Serviços Públicos, Alciones Marcos Daros (Tchony), a prefeitura aguardou cinco dias após contatar a RGE e as empresas de telecomunicação. Como não houve resposta, a equipe municipal foi enviada ao local com o objetivo de remover o poste. Entretanto, a retirada não foi possível porque seria necessário cortar um cabo de aço que dá sustentação a toda a rede da quadra.

"Constatamos que o restante da rede está comprometido, e a extração poderia causar um problema maior. Por isso, optamos por não retirar, mas realizamos uma intervenção provisória para evitar a queda. O que podemos afirmar é que todos os postes de madeira dessa quadra estão no fim da vida útil", explicou Tchony.

O secretário reforçou ainda que a prefeitura precisou agir de forma solidária para minimizar o risco:
"Chegamos a avaliar derrubar e retirar o poste, mesmo não sendo de nossa responsabilidade. Mas, para não agravar a situação, fizemos o que chamamos popularmente de ‘gambiarra’ — colocamos outro poste de sustentação ao lado, semelhante ao que já foi feito em outros pontos da cidade. É uma medida temporária até que a RGE e as empresas responsáveis façam a troca definitiva", disse.

Enquanto a disputa sobre a titularidade e manutenção do poste não é resolvida, a comunidade permanece apreensiva, já que outros postes da via apresentam sinais de deterioração.