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Anticorpo para recém-nascido é promessa no combate ao vírus sincicial

O medicamento, administrado por injeção e em dose única, é indicado para bebês de até 12 meses. Ao ser aplicado, ele fornece imediatamente ao organismo a proteção necessária contra o VSR, funcionando como uma imunização passiva.

Atualizado em 19/09/2024 às 14:09, por Equipe SMO.

Anticorpo para recém-nascido é promessa no combate ao vírus sincicial

O medicamento, administrado por injeção e em dose única, é indicado para bebês de até 12 meses. Ao ser aplicado, ele fornece imediatamente ao organismo a proteção necessária contra o VSR, funcionando como uma imunização passiva.

O vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por grande parte das infecções respiratórias em recém-nascidos e bebês, tem gerado preocupação no Brasil. Tradicionalmente, o VSR circulava com mais intensidade no outono e inverno, mas desde 2023 o país tem visto um aumento nas hospitalizações infantis causadas pela infecção fora desses períodos.

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A infectologista e virologista Nancy Bellei, consultora do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), explica que muitos bebês são infectados por irmãos em idade escolar. “Durante a pandemia de covid-19, com o fechamento das escolas, a circulação do VSR diminuiu. Com a reabertura, as infecções retornaram, e o VSR é um vírus com o qual nos reinfectamos ao longo da vida”, afirma Bellei.

Para proteger os recém-nascidos, mais suscetíveis a complicações graves, Bellei ressalta a importância de medidas preventivas. Uma dessas estratégias é o anticorpo monoclonal nirsevimabe, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com previsão de chegada ao Brasil em breve. O medicamento, administrado por injeção e em dose única, é indicado para bebês de até 12 meses. Ao ser aplicado, ele fornece imediatamente ao organismo a proteção necessária contra o VSR, funcionando como uma imunização passiva.

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Especialistas debatem a melhor forma de utilização do anticorpo

A recomendação inicial é aplicar o anticorpo monoclonal nirsevimabe no início da primeira temporada de vírus sincicial respiratório (VSR) do bebê. No entanto, Marco Aurélio Safadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, defende a administração do medicamento ao longo de todo o ano. “Com cerca de um terço dos casos ocorrendo fora do período sazonal, a imunização não deve ser limitada a uma única época”, argumenta Safadi.

Os especialistas também enfatizam a necessidade de revisar hábitos sociais em torno dos recém-nascidos, como as visitas em maternidades. Safadi destaca que os bebês, especialmente nos primeiros dias de vida, precisam de maior proteção e menos exposição a riscos. A imunização passiva, por meio do anticorpo monoclonal, é essencial para prevenir complicações graves em bebês que ainda não possuem defesas naturais contra o VSR.

Diferente das vacinas, que estimulam o organismo a produzir anticorpos, o anticorpo monoclonal fornece essa proteção de forma imediata, reduzindo as chances de reações adversas.

Agência Brasil