20 de novembro: primeiro Feriado Nacional do Dia da Consciência Negra marca momento histórico no Brasil
A data, conhecida como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, já era celebrada desde 2011, quando foi instituída pela Lei Nº 12.519, mas sua abrangência como feriado se limitava a alguns estados e municípios do país.

A data, conhecida como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, já era celebrada desde 2011, quando foi instituída pela Lei Nº 12.519, mas sua abrangência como feriado se limitava a alguns estados e municípios do país.
Pela primeira vez em âmbito nacional, o dia 20 de novembro será um feriado oficial em 2024, graças à promulgação de um decreto presidencial no final de 2023. A data, conhecida como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, já era celebrada desde 2011, quando foi instituída pela Lei Nº 12.519, mas sua abrangência como feriado se limitava a alguns estados e municípios do país.
A escolha do 20 de novembro remonta à memória de Zumbi dos Palmares, figura histórica que simboliza a resistência negra à escravidão no Brasil. Líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi lutou incansavelmente pela liberdade dos negros escravizados durante o período colonial. Seu legado transcende a resistência armada, representando também a luta pela dignidade e pelos direitos dos afrodescendentes.
Além da homenagem a Zumbi, a data tem um significado mais amplo: é um convite à reflexão sobre o impacto histórico da escravidão no Brasil e a necessidade de avançar no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial. Em um país marcado pela profunda desigualdade social e pelo racismo estrutural, o Dia da Consciência Negra reforça a importância de valorizar a contribuição dos negros na formação da cultura, economia e identidade brasileira.
Em 2024, o feriado nacional potencializa o alcance dessa reflexão. Diversas atividades, como palestras, exposições culturais, debates e manifestações artísticas, estão programadas em todo o país. Organizações da sociedade civil e movimentos negros reforçam a urgência de discutir questões como violência racial, acesso à educação e ao mercado de trabalho e a necessidade de políticas públicas que promovam reparações históricas.