Proprietário bloqueia acesso a área perigosa no Rio São Marcos após afogamentos recentes. Propriedade particular dá acesso à queda d’água.

O proprietário das terras na região da ponte sobre o Rio São Marcos, na divisa entre Caxias do Sul e São Marcos, tomou medidas para bloquear o acesso à sua propriedade após uma série de incidentes fatais por afogamentos. Valter Miotto, dono da área que abriga uma cascata popular entre banhistas, expressou preocupação com a segurança dos visitantes e possíveis responsabilidades legais, em depoimento ao SMO esta manhã.

Em novembro de 2024, dois jovens estrangeiros perderam a vida na cachoeira do Rio São Marcos. As vítimas foram identificadas como Ernst Saint Jacques, de 22 anos, natural do Haiti, e João Filipe Baptista, de 25 anos, originário de Angola. Ambos eram estudantes de enfermagem na Universidade de Caxias do Sul e trabalhavam em um hospital da cidade. O incidente ocorreu quando um deles entrou na água e começou a se afogar; o outro tentou resgatá-lo, mas também se afogou.

Este não foi um caso isolado. Em 2021, outras duas mortes por afogamento foram registradas na mesma cachoeira, evidenciando os riscos associados ao local, que, apesar de sua beleza natural, carece de infraestrutura adequada para receber visitantes com segurança.

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Diante da recorrência desses trágicos eventos e da falta de medidas efetivas por parte das autoridades municipais ao longo de várias gestões, Miotto decidiu agir por conta própria. Ele instalou barreiras físicas e placas de aviso indicando o perigo e proibindo a entrada na propriedade. Apesar dessas iniciativas, visitantes continuam acessando a área a pé, ignorando as advertências.

No último fim de semana, banhistas que estiveram no local relataram a presença das novas barreiras e sinalizações. Fotos enviadas ao São Marcos Online mostram troncos de madeira obstruindo a passagem de veículos na propriedade particular que fica do lado caxiense.

Miotto enfatiza que sua principal preocupação é evitar novas tragédias e se eximir de responsabilidades por acidentes que possam ocorrer em sua propriedade. Ele destaca que, apesar das promessas não cumpridas por parte das autoridades locais para resolver a situação, sente-se compelido a tomar medidas preventivas para proteger tanto os visitantes quanto a si mesmo de futuras ocorrências.

Ele destaca que placas orientativas quanto aos riscos no local também foram instaladas, a fim de evitar e intimidar os banhistas. Corpo de Bombeiros atua na prevenção e orientação da população. Durante o verão milhares de pessoas costumam visitar o local, vindos de várias regiões da Serra, que oferece atrativos naturais exuberante, porém de grande perigo.

Para mais detalhes sobre os afogamentos no Rio São Marcos, confira o vídeo a seguir: