O São Marcos Online, portal independente de notícias que acompanha a vida da cidade desde 2010, chegou à sua 15ª primavera com um marco editorial e institucional importante: a publicação de um manifesto editorial que redefine sua missão e reforça seu compromisso com a comunidade. Em 2025, o veículo também se tornou parte do programa Mais Pelo Jornalismo (MPJ), uma iniciativa nacional voltada à sustentabilidade e fortalecimento de mídias locais, o que vem impulsionando sua renovação tecnológica e editorial.

Uma trajetória de desafios e permanência

Fundado em 2010, o São Marcos Online nasceu com o objetivo de cobrir as notícias da cidade com foco local, algo que, no início da década de 2010, ainda era novidade nas pequenas cidades do interior. Ao longo dos anos, o portal passou por diferentes cenários: da consolidação da internet como meio de informação à crise de financiamento do jornalismo tradicional nas mídias digitais, passando pelas transformações de consumo de notícias e pela consolidação das redes sociais como espaço de informação imediata.

Mesmo diante de um contexto nacional difícil, no qual um estudo recente aponta que mais de 2.300 mídias jornalísticas desapareceram no Brasil na última década, reflexo da crise de financiamento da imprensa local e da migração de verbas publicitárias para plataformas digitais, o São Marcos Online resistiu e consolidou sua presença na Serra Gaúcha.

2025 e a entrada no MPJ: tecnologia e resiliência

Este ano, o São Marcos Online entrou no Programa Mais Pelo Jornalismo (MPJ), iniciativa criada pela I’Max para apoiar portais de notícia de pequenas e médias cidades com infraestrutura tecnológica essencial, como layout moderno, hospedagem robusta, segurança cibernética e suporte técnico.

O MPJ foi lançado em novembro de 2024 e começou a receber inscrições em 2025. Sua missão é manter e fortalecer a imprensa local, sobretudo em municípios que sofrem com a chamada “saúde frágil” do jornalismo tradicional, diante da redução de veículos e da ameaça dos desertos de notícias.

Em julho de 2025, o São Marcos Online foi um dos primeiros veículos a ser oficialmente publicado dentro da rede do MPJ, em um evento durante o 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, em São Paulo, junto com outras dezenas de portais selecionados para a iniciativa.

Segundo a organização do MPJ, a proposta é que até 1.000 portais de notícia em todo o Brasil possam participar, formando uma rede colaborativa que ajude a combater a desinformação e revitalizar o jornalismo local como um serviço essencial para suas comunidades.

O novo manifesto editorial: ouvir, aproximar e transformar
 

Ao celebrar seus 15 anos, o portal não apenas olha para trás, mas reconfigura seu olhar para o futuro. O manifesto editorial lançado recentemente reafirma o compromisso do São Marcos Online com um jornalismo que vá além da simples notificação de fatos:

“Seguimos porque acreditamos que jornalismo local é mais do que notícia, é vínculo, memória, identidade e responsabilidade com a comunidade”, explica Angelo Batecini, diretor e fundador do SMO, ao lado da esposa, Liliane Cioato.

A partir de agora, o jornal propõe uma cobertura que escuta mais, contextualiza fatos, desenvolve narrativas que aproximem o leitor e sua realidade e que ajudem a comunidade a compreender os desafios e também as oportunidades que surgem em seu cotidiano.

O novo posicionamento enfatiza produções que destacam boas ideias, desafios superados, conquistas e sonhos dos moradores, transformando o papel do veículo em um agente ativo para construção coletivamente consciente de futuro.

Impulsionando o jornalismo local em tempos de transformação

A entrada no MPJ e a adoção de um manifesto editorial repaginado representam uma resposta local a um problema nacional: a crise das mídias tradicionais e a necessidade de modelos sustentáveis para a comunicação comunitária.

Com essa base, o São Marcos Online busca não apenas manter viva a tradição de 15 anos, mas também redescobrir seus propósitos, ampliando sua conexão com os leitores, fortalecendo sua relevância editorial e abrindo novas frentes de atuação, onde a comunidade é protagonista das narrativas e não apenas espectadora.