Produção de móveis em unidades prisionais do Estado auxilia pessoas atingidas pelas enchentes
População recebeu berços, camas, armários, casinhas para cães e rodos produzidos em 18 unidades prisionais Em um esforço conjunto para ajudar as vítimas das enchentes no Estado, 18 unidades prisionais produzem itens essenciais em oficinas de marcenaria. Até o momento, os apenados confeccionaram 216 móveis, incluindo berços, camas e armários.

População recebeu berços, camas, armários, casinhas para cães e rodos produzidos em 18 unidades prisionais
Em um esforço conjunto para ajudar as vítimas das enchentes no Estado, 18 unidades prisionais produzem itens essenciais em oficinas de marcenaria. Até o momento, os apenados confeccionaram 216 móveis, incluindo berços, camas e armários. Eles também fizeram 287 casinhas para cachorros e cerca de 1,5 mil rodos de madeira, usados para a limpeza de locais com grande concentração de lama.
Esses itens foram doados para diversos abrigos municipais e iniciativas do governo estadual destinadas à população afetada. Entre os beneficiários estão a Casa Violeta, um espaço de permanência estendida para mulheres e crianças, inaugurado em maio. Além disso, os três centros humanitários de acolhimento – Vida, Recomeço e Esperança – inaugurados em julho, também receberam doações.
As penitenciárias de Canoas 1, Ijuí, Caxias do Sul, Venâncio Aires, Sapucaia do Sul, Modulada de Osório e Modulada de Uruguaiana, e os presídios de Julio de Castilhos, Sarandi, Encantado, Iraí, Canela, Cachoeira do Sul, Santiago, Três Passos e Frederico Westphalen lideram a produção.
O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Luiz Henrique Viana, destacou os esforços do governo para promover a ressocialização por meio do trabalho. “Oferecemos oportunidades de trabalho aos apenados para que aprendam novos ofícios e, no futuro, tenham mais chances de inserção profissional. O trabalho prisional é um dos pilares do tratamento penal que ocorre diariamente nas unidades prisionais”, explicou.
Apenados já fabricaram cerca de 2 mil itens
Os apenados já fabricaram cerca de 2 mil itens de madeira, além de 7 mil fraldas descartáveis, 2 mil barras de sabão e mais de 400 artigos de roupas de cama. Aproximadamente 900 apenados, de 52 estabelecimentos prisionais, atuaram na limpeza das cidades e na fabricação de itens para as vítimas das cheias.
O superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz, destacou a importância do trabalho prisional. “O trabalho nas casas prisionais ajuda na superação deste momento difícil. Além disso, contribui para a reinserção social dos apenados e reduz os índices de reincidência criminal.”
A produção continua em unidades prisionais como o Presídio de Canela, onde seis apenados fabricam mais berços e armários com materiais fornecidos por madeireiras da região.
Um dos apenados expressou sua satisfação em ajudar as vítimas. “Me sinto feliz de poder ajudar quem perdeu tudo. Afinal, isso poderia ter acontecido com qualquer um, com alguém da nossa família”, comentou. Ele destacou a importância de manter uma rotina de atividades. “Gosto muito do nosso trabalho aqui, a gente nem vê o tempo passar”, disse.
Os apenados que trabalham têm direito à remição de um dia da pena a cada três trabalhados. Além disso, o apenado, que já tinha experiência em marcenaria antes de ser preso, planeja abrir uma pequena marcenaria após receber a liberdade, junto com outro apenado também envolvido na confecção dos berços.
Portanto, a combinação de trabalho prisional e ressocialização é essencial para promover mudanças positivas na vida dos apenados, beneficiando tanto as vítimas das cheias quanto a sociedade.