O maior hobby de todos: ser PAI
Ser pai é mais do que um papel: é transformar prioridades em presença e descobrir no cotidiano o maior hobby da vida.

Foto: arquivo pessoal
Quando o homem se torna pai, é natural que sua rotina precise ser repensada. Até então, hobbies e prazeres pessoais – futebol com os amigos, horas de videogame, pescarias de fim de semana ou aquele chopp despretensioso no bar – cabiam facilmente no calendário. Mas com a chegada de um filho, o tempo passa a ganhar um novo peso, e cada escolha feita impacta diretamente no bem-estar da família.
Isso não significa que o homem precise abandonar quem ele é ou abrir mão de tudo que gosta, mas sim que aprenda a equilibrar prioridades. A paternidade exige presença ativa: trocar fraldas, embalar o bebê de madrugada, dar banho, brincar no chão da sala e também apoiar a mãe em sua jornada. Esses momentos, muitas vezes invisíveis para quem olha de fora, são justamente os que constroem vínculos sólidos e memórias afetivas.
Quando o pai insiste em manter todos os seus hobbies sem ajustes, a sobrecarga recai sobre a mãe. E isso pode gerar desgaste emocional e físico para ela, além de privar o pai da oportunidade de participar intensamente do desenvolvimento do filho. O bebê cresce rápido, e não há campeonato, série de TV ou roda de amigos que compense os primeiros sorrisos, as primeiras palavras ou os passos vacilantes que só acontecem uma vez.
Vale reforçar: não é uma questão de renúncia eterna, mas de adaptação. Hobbies podem – e devem – continuar existindo, mas em proporção menor, repensando horários e prioridades. Com diálogo e organização, é possível manter espaços de lazer sem abrir mão do essencial: estar presente no dia a dia da criação.
A paternidade participativa não se mede por grandes feitos, mas pelo envolvimento constante nas pequenas coisas. Ao ajustar sua rotina e abrir mão de alguns excessos, o homem não perde sua liberdade: ele ganha a chance de construir uma relação única com o filho, fortalecer a parceria com a mãe e, acima de tudo, descobrir um novo prazer – o de ser verdadeiramente pai.
Um abraço do PAPI VERO