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Brincadeiras e Brinquedos Atuais

As brincadeiras tomaram conta na instituição de Educação Infantil nos últimos anos. É através delas que as crianças desenvolvem seu corpo e sua mente, demonstram seu lado afetivo, desenvolvem sua motricidade e permitem adquirir novos conhecimentos.

Atualizado em 22/12/2021 às 23:12, por Equipe SMO.

Brincadeiras e Brinquedos Atuais

As brincadeiras tomaram conta na instituição de Educação Infantil nos últimos anos. É através delas que as crianças desenvolvem seu corpo e sua mente, demonstram seu lado afetivo, desenvolvem sua motricidade e permitem adquirir novos conhecimentos.

Desenvolvendo diversificadas brincadeiras na escola, o espaço torna-se mais agradável de frequentar e permite que as crianças, desenvolvam sua aprendizagem com maior sucesso.

Geralmente as brincadeiras são desenvolvidas em conjunto, que aparentemente são as melhores experiências de socialização vividas por elas, é assim que as crianças aprendem, que para brincar com outra tem que ir até seu limite e respeitar o do outro, obedecer a regras e fazer acordos. As crianças aprendem que seus desejos, nem sempre podem ser realizados, precisam esperar sua vez e que tem que ter flexibilidade em tudo que se faz.

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Para aprender as brincadeiras que são proporcionadas a elas, precisam estar em contato com outras ou com o adulto, observando todos os passos a serem seguidos. A partir desse momento surge a fase das imitações e do faz-de-contas.

Na imitação, a criança desenvolve a capacidade de observar, é através dessa capacidade e através de repetições que ela vai desenvolver sua aprendizagem, também irá auxiliar no processo de diferenciação dos outros e assim aos poucos, a criança vai construindo sua própria identidade.

Na brincadeira do faz-de-conta a criança brinca com seu imaginário, construindo vários papéis para ela mesma, às vezes é professora, pai, mãe, filhinho, médico. Ela adora imitar o que a professora faz, sua maneira de agir, suas palavras e seu comportamento. A imaginação e a fantasia são elementos fundamentais, para a criança formular seus conceitos sobre as outras.

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As brincadeiras alimentam o espírito imaginativo, implorativo e inventivo do faz-de-conta e a isso chamamos de lúdico. Brincar tem o sabor de desconhecer o que conhece, pois cada brincadeira é um universo a ser sempre (re) descoberto, (re) vivido,(re) aprendido. O faz-de-conta tem um sentido muito profundo e repleto de significados em nossa vida, principalmente na vida da criança. Não se faz-de-conta que se faz-de-conta, e brincar não é uma mentira, é uma atitude em que tudo de si esta presente (PEREIRA, 2002, p.7).

A brincadeira é a melhor forma da criança se expressar e colocar para fora o que está sentindo, não importa se é através do faz-de-conta porque essa também é uma atividade regida por regras que devem ser seguidas. Ao brincar de casinha sendo o papai, ele tem que dar sustento a família, trabalhar fora, dar carinho e atenção a sua mulher e seus filhos, enfim papai é coberto de responsabilidades e a criança precisa se esforçar para representar bem esse papel, assim à criança se desenvolve e aprende brincando.

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Segundo Winnicott (1975) também ressalta a importância das brincadeiras no desenvolvimento da criança. Ele afirma que:
“A brincadeira é a melhor maneira de a criança comunicar-se, ou seja, um instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. Brincando, a criança aprende sobre o mundo que a cerca e tem a oportunidade de procurar a melhor forma de integrar-se a esse mundo que já encontra pronto ao nascer “ (WINNICOTT, 1975, p.78).

Já é de bem pequeno, que a criança se relaciona com o mundo em que vive através das brincadeiras, aprende o que é certo e o que errado e a partir desses momentos é que ela vai escolher que caminho seguir na vida, que cidadão vai querer se tornar, que amigos vão querer para si.

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Encontramos muitos tipos de brincadeiras que podem ser desenvolvidas com as crianças e que passam de geração para geração, por esse motivo algumas nem sempre permanecem iguais, também se deve considerar a cultura de cada lugar. Podemos nos lembrar de algumas como: esconde-esconde, coelho sai da toca, pega-pega, telefone sem fio, passa o anel, ovo choco, tira o rabo, gato e rato, enfim são inúmeras e as crianças adoram além de satisfazer seus desejos através dessas brincadeiras estão construindo sua aprendizagem e desenvolvendo sua autonomia.

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O jogo é sempre uma maneira da criança se integrar, aparece sempre alguma novidade, que é fundamental para prender a atenção e despertar o interesse da criança, na medida em que ela joga faz novas descobertas sobre si mesmo. A criança só pode participar de jogos depois de se terem formado as coordenações sensório-motoras fundamentais, antes de segurar um objeto na mão e manipulá-lo é impossível jogar alguma coisa. A partir do momento que esse equipamento é acionado o corpo começa a mandar energias e o pensamento também, desafiando a desenvolver habilidades operatórias que envolvem observação, comparação, identificação, análise e generalização, confiando cada vez mais em si mesma. É bem importante no jogo que a criança faça as sua descobertas sozinhas, e para isso acontecer o professor deverá apresentar situações desafiadoras para ela, interferindo se necessário. O jogo é um elemento didático fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, ele deve ser motivado pelo professor para despertar o interesse pela criança.

O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de evolução das crianças exigem todos que forneça ás crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil (PIAGET, 1976, p.160).

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O jogo é uma atividade lúdica que gera conhecimento e desenvolvimento para a criança tornando a aprendizagem mais fácil. Através do jogo a criança mais tarde se torna um cidadão, criativo, conhecedor de sua cultura e com sua autonomia bem desenvolvida. Jean Piaget defende a importância do jogo e classifica os jogos de acordo com o desenvolvimento cognitivo da criança.

Os jogos de exercício que vão do nascimento da criança até que ela comece a falar e que consistem em exercícios simples de repetição.

Os jogos simbólicos que iniciam quando a criança começa a se comunicar e são aqueles que possibilitam a imaginação e a imitação, nesta fase utilizam diversos objetos fazendo de conta que são outros, por exemplo, uma cadeira vira um carro, várias cadeiras enfileiradas viram um ônibus, o importante é que nesta fase a criança satisfaz seus desejos e imita o adulto que quiser, muitas vezes transforma a realidade a sua maneira.

Os jogos de regras iniciam a partir dos sete anos onde as crianças sentem a necessidade que os jogos tenham algumas condições impostas, já possui um espírito competitivo e alguns não suportam a ideia de perder.

A utilização de jogos na escola é sem dúvida uma grande possibilidade de realizar um excelente trabalho pedagógico. Muitas instituições de Educação Infantil já oportunizam momentos em que os pais tiram um tempinho e vão para a escola brincar com seus filhos, esse é um projeto muito bom, pois envolvem as famílias com a escola num momento de descontração e as crianças ficam muito felizes ao verem seus pais participarem. Os adultos também gostam de participar de jogos e brincadeiras, é sempre tempo de aprender algo novo e desenvolver novas habilidades. Existem vários tipos de atividades recreativas que podem ser divididas em diferentes faixas etárias e outras que podem ser aplicadas para todas as idades.


Escrito pela professora Marta Isabel Bugança