Ana Paula Fongaro: Água parada, apodrece!
Nesta semana, muitos estão retomando ao trabalho, depois de um período de férias. E você, como está se sentindo ao voltar? E se o trabalho que você precisa retomar não é o que você quer? O trabalho é o pilar central da vida humana.

Nesta semana, muitos estão retomando ao trabalho, depois de um período de férias. E você, como está se sentindo ao voltar? E se o trabalho que você precisa retomar não é o que você quer?
O trabalho é o pilar central da vida humana. Passamos boa parte do nosso tempo nos dedicando à nossa carreira e ao nosso trabalho. Passamos praticamente a vida toda trabalhando. Mas o que acontece quando passamos uma vida nos dedicando integralmente a algo que não nos traz satisfação?
Muitos esperam pela tão sonhada aposentadoria. Dizem que quando ela chegar irão viajar, curtir os amigos e a família, ficar mais ociosos. Tem aqueles que pretendem mudar de carreira, desbravar outras possibilidades. Mas a questão é, o quanto você está planejando o seu futuro?
Geralmente tomamos decisões com base em nossos objetivos de curto e longo prazo. Por exemplo, posso decidir gastar algum dinheiro agora porque vou ter prazer em fazer esta refeição ou comprar esta peça de roupa, ou posso economizar dinheiro e investi-lo com a expectativa de comprar uma coisa mais cara posteriormente – como um carro.
Pense em seus objetivos de longo prazo – coisas que você acha que são importantes na sua vida. Podem ser objetivos relacionados à sua saúde, treinamento físico, bem-estar financeiro, carreira ou suas relações pessoais. Agora, pense em alguns objetivos de mais curto prazo que o mantêm focado na gratificação imediata – como conforto, comidas e bebidas tentadoras, passear desfrutando do seu tempo de lazer, aventura ou outras coisas que o atraem no curto prazo. Como você acha que toma decisões em sua vida? Geralmente está focado na gratificação imediata, sem pensar nas consequências de longo prazo? Quais são as consequências de estar focado no curto prazo em vez de no mais longo prazo?
As promessas de final de ano exigem comprometimento e mudança de comportamento. De nada adianta ter dito que iria mudar e continuar repetindo os mesmos comportamentos, indo para os mesmos lugares, estudando as mesmas coisas, falando com as mesmas pessoas, consumindo os mesmos conteúdos. Para acessar outro nível, decisões desconfortáveis precisarão ser tomadas e passos rumo ao desconhecido precisarão ser dados.
Água parada, apodrece. O caminho para o bem-estar é contínuo e requer atenção constante. Todos os dias precisamos fazer o que nos comprometemos que faríamos por nós. Este cuidado faz parte de manter nossa saúde mental em dia. Tudo o que fazemos por nós vai respingar em como nos sentimos com nós mesmos, no aqui e no agora e no futuro.
Grande parte dos arrependimentos poderiam ter sido evitados caso nos preocupássemos em ter clareza sobre o que realmente nos importa. A falta de consciência é normalmente a razão pela qual não nos sentimos realizados.
As pausas servem para revermos o mapa da vida e nos situarmos na jornada. Nestes momentos também podemos rever os lugares que temos visitado e os terrenos íngremes e esburacados pelos quais passamos, a fim de evitar novas quedas.
Nada muda, quando não nos movimentamos. Quando os caminhos se abrirem, não podemos nos esquecer de caminhar.
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